quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pesquisa mostra que mães não sabem alimentar seus bebês

A maioria das mães não sabe alimentar seus bebês, o que aumenta o risco de carências nutricionais e de doenças crônicas no futuro. A conclusão é de uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo.
O estudo avaliou quase 200 bebês de todas as classes sociais, com idades entre quatro e 12 meses. Deles, metade já não recebia aleitamento materno exclusivo.
A idade média de introdução da mamadeira foi três meses. Recomenda-se o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida.
Outro problema apontado pelo estudo é o alto consumo de leite de vaca integral, contraindicado antes de a criança completar um ano.
Além de não possuir a quantidade necessária de nutrientes essenciais ao bebê, o leite de vaca expõe a criança ao risco de alergias. Para piorar, muitas mães adicionam açúcar, achocolatados e cereais à bebida.
O leite de vaca também facilita o aparecimento da anemia, por sua baixa quantidade de ferro em relação ao leite materno, o que leva a comprometimentos cognitivos e emocionais da criança.
Dos bebês avaliados, apenas 12% dos menores de seis meses e 6% dos maiores recebiam as fórmulas infantis à base de leite apropriadas para a faixa de idade.
Ainda assim, poucas mulheres sabem prepará-las: apenas 23% das mães fazem a diluição correta. Quando a proporção não está na medida certa, há risco de diarreia, desidratação e de falta de nutrientes.
"JUNK FOOD"
A pesquisa também revelou que as crianças recebem muito cedo alimentos inadequados, como doces industrializados, biscoitos recheados e até refrigerantes.
Esses alimentos têm alto teor de gorduras e açúcares, o que predispõe à obesidade. Em contrapartida, recebem pouca quantidade de frutas, verduras e legumes.
"Há um descontrole nas famílias, são pais e mães que descuidam da própria alimentação", analisa a pediatra e nutróloga Roseli Sarni, uma das autoras. "Há muita desinformação."
"É um problema grave e a realidade provavelmente é ainda pior", acredita Ary Lopes Cardoso, chefe da unidade de nutrologia do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Para elaborar o cardápio dos filhos, a grande maioria das mães (67,7%) segue sua própria experiência ou de sua família. As orientações passadas pelo pediatra ficam em segundo plano.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

RECOMENDAÇÃO DE LEITURA

Para todas que seguem meu blog recomendo esse texto importantíssimo sobre alimentação de bebês : Il primo piato (no blog MAMÍFERAS) falando se os bebês sentem ou não vontade de comer o que comemos.

Ando lendo em muitos blogs de mães de primeira viagem que estão dando desde suco Kapo, pirulitos, danoninhos, até alimentos mais "elaborados" como bolos e pudins. Nossos bebês não devem experimentar coisas industrializadas contendo corantes e conservantes e nem açúcares diversos antes de 1 ano de idade no mínimo. Após os 6 meses de aleitamento materno eles devem comer papas de frutas, sopas de verduras e legumes (OMS e pediatras concordam nisso), sucos e o leite materno como complemento.
Não precisam de doces para sua nutrição.

Por nossos bebês saudáveis, leiam e divulguem!!!!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

para a semana mundial de amamentação...

a minha história de amamentação...

Sempre soube, desde que engravidei, que iria amamentar o Leo no peito. Não conseguia imaginar isso não acontecendo por saber da importância para o bebê, por saber de como faz bem para a mãe e porque eu realmente desejava isso.
Com 36 semanas e alguns dias (quase 37) o Leo resolveu que era hora de sair, entrei em trabalho de parto mas não quis o natural/"normal", também sempre soube que não tinha coragem suficiente para passar por isso e decidi que seria parto cesáreo.
Leo nasceu, como já contei aqui, e não tive leite no dia que ele nasceu, nem no seguinte, tive leite só no dia em que saímos do hospital. Leo mamou de verdade pela primeira vez na manhã do dia 01/01/2010. eu via a boquinha dele branquinha de leite e ficava faceira.
A gente se acertou de cara para ele mamar, não tive fissura no peito, não sofri, não chorei, foi perfeito (na verdade nunca imaginei que seria tão fácil esse primeiro momento).
Leo era bem dorminhoco no começo, só acordava pra mamar a cada 4h mamava e até cair no sono de novo...
Tudo seguiu bem até um certo dia em que senti meu peito murcho, vazio, e Leo sugava, sugava e chorava ... nada de leite. Esse foi o dia em que sofri e chorei. Chorei muito porque achei que meu leite tinha secado, o Leo estava perto de completar dois meses e eu não ia poder amamentar mais?? Como assim?? Que tipo de mãe eu era que não conseguia nem produzir leite para o próprio filho??? Sim eu chorava e falava isso... e deixava ele ficar sugando e sugando e de vez em quando descia alguma coisinha e ele mamava. Comprei NAN, fiz mamadeira. Isso aconteceu novamente depois. E eu sofri de novo.
E por trás disso tudo eu tinha uma sogra que não ajudava em nada, falava pra todo mundo que eu tinha pouco leite e por isso o Leo era miudinho. E eu sofria em silêncio, e cada vez que ía à casa dela e tinha que amamentar travava tudo, e o leite não vinha e o Leo mamava pouco e eu chorava por dentro.

Resolvi que tinha que fazer algo por isso antes que meu leite secasse de vez, então pedi à minha GO que me prescrevesse algum medicamento que pudesse me ajudar.
Ela me passou o Equilid 50mg (que tomo até hoje), e além dele ainda comecei a pesquisar na internet todos os tipos de chá que eram estimulantes (e tomo até hoje) e mais tarde li sobre cápsulas de Levedura de Cerveja e também mandei manipular (e tomo até hoje).
 Tudo isso que comecei a tomar me fez engordar novamente metade de tudo que tinha perdido um mês e meio após o Leo nascer (eu já estava no meu peso pré-gravidez). Engordei, não fiquei me sentindo a mais linda das criaturas, mas esse sacrifício estético foi compensado por ver meu filho mamando em mim.

Confesso que sinto inveja daquelas mulheres de seios fartos e cheios, que além de amamentar ainda se ordenham e doam leite. Queria muito ser assim.

Hoje ainda, se fico muito cansada ou muito estressada meu leite mingua, meus peitos ficam moles, por sorte o Leo já come frutas e papa salgada, toma suco, o que faz do leite um complemento e não a refeição principal.

Mesmo assim não disisti. Sinto orgulho de dizer que ainda amamento no peito (mesmo que apenas 4 vezes ao dia porcausa do trabalho) e continuarei amamentando enquanto tiver leite, enquanto o Leo quiser, enquanto for possível e sou feliz por isso.

E você??? Qual sua história de amamentação???