segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Início do Desmame

"Há muito tempo eu andei calada mas agora resolvi falar"... pois é, andei super afastada daqui, são quase 10 meses pra ser exata, mas o motivo era justo, não tinha internet em casa. E também não achava que tivesse algo tão importante a dizer, como tenho agora. Estamos iniciando o desmame aqui em casa. O Leo está com um ano e nove meses (quase dez), está indo na escolinha pela manhã, e eu resolvi me cuidar também, isso tudo está atrelado ao desmame, e vou explicar o por quê.

Como eu disse em um post anterior, sobre amamentação, quando o Leo tinha pouco mais de 2 meses meu leite começou a diminuir muito, a ponto de chegar a hora de mamar e eu não ter nada além de um peito vazio e murcho pra oferecer, ele tinha fome e não aceitava mamadeira com leite artificial, então recorri à minha GO, que me prescreveu o Equilid 50. Nessa época eu já havia perdido todos os 17 kg ganhos na gravidez e tinha meu corpo de antes (claro que a barriga era uma pelanca pois ainda era cedo). Comecei a tomar o remedinho, meu leite voltou a "existir" e junto fui ganhando quilos a mais com o passar do tempo. Pra quem não sabe, o Equilid é um tipo de anti-depressivo que faz aumentar o apetite e cria um desejo VORAZ por doces.
Ano passado eu fui sumariamente demitida do meu antigo emprego e desde então sou mãe e dona de casa, pois não consegui mais me encaixar no mercado de trabalho, e aproveitei também pra curtir essa fase de desenvolvimento do meu pequeno, que é boa demais. Só que ficando em casa a gente também vai se acomodando, come mais, não se exercita, e em resumo, hoje estou 10 kg acima do meu peso ideal e pré-gravidez, o que tem me feito muito mal, inclusive como pessoa e como mulher que sou.

Há cerca de um mês e meio resolvemos (eu e meu marido) colocar o Leo na escola, um CMEI aqui pertinho de casa, para que ele convivesse com outras pessoas (adultas e crianças) e deixasse um pouco a timidez e o "grude" com a gente de lado. Também esperamos que ele solte a língua, porque ainda não fala quase nada. Tem sido muito bom pra ele, só que por mamar em casa quando acorda, ele não tem muito apetite para tomar o café da manhã que a escola oferece, e a sugestão da diretora foi começar a desmamar. Algo em que eu já estava pensando há algum tempo porque também queria emagrecer e sabia que o remédio que tomo é um dos fatores de impedimento.

Como ainda restavam algumas cartelas do remédio, continuei tomando e resolvemos (eu e meu marido) que quando acabasse seria a última. E esse último comprimido eu tomei sábado. Ontem tive concurso pela manhã e o Leo não mamou, tomou leite de soja e comeu pão. Mamou somente a noite, antes de dormir, pois meus peitos estavam cheios, ainda em decorrência do efeito do remédio no organismo. Hoje de manhã ainda tinha leite e ele mamou também. Ainda não sei como será à noite (ah sim, o Leo estava mamando apenas duas vezes por dia, de manhã cedinho e à noite antes de dormir) mas resolvi que vou oferecendo o peito enquanto tiver leite, até que ele mesmo perceba que acabou e abandone também.

Não imaginava que seria tão difícil tomar uma decisão dessas, porque amamentar é bom demais, é um momento só nosso, que amamenta ou amamentou sabe, mas tenho orgulho de tudo que fiz pra conseguir manter isso até hoje, sei que foi o meu melhor por ele.

 Leo e eu no aniversário de um ano dele


E você que já passou pelo desmame? Como foi? Conte aí nos comentários....

domingo, 30 de janeiro de 2011

ANIVERSÁRIO DO LEO

Sim, sim, meu bebê já fez um aninho (afffff to ficando velha) foi uma festa deliciosa e as fotos estão aqui para quem quiser ver...




Aguardo ansiosa os comentários...


bjus

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pesquisa mostra que mães não sabem alimentar seus bebês

A maioria das mães não sabe alimentar seus bebês, o que aumenta o risco de carências nutricionais e de doenças crônicas no futuro. A conclusão é de uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo.
O estudo avaliou quase 200 bebês de todas as classes sociais, com idades entre quatro e 12 meses. Deles, metade já não recebia aleitamento materno exclusivo.
A idade média de introdução da mamadeira foi três meses. Recomenda-se o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida.
Outro problema apontado pelo estudo é o alto consumo de leite de vaca integral, contraindicado antes de a criança completar um ano.
Além de não possuir a quantidade necessária de nutrientes essenciais ao bebê, o leite de vaca expõe a criança ao risco de alergias. Para piorar, muitas mães adicionam açúcar, achocolatados e cereais à bebida.
O leite de vaca também facilita o aparecimento da anemia, por sua baixa quantidade de ferro em relação ao leite materno, o que leva a comprometimentos cognitivos e emocionais da criança.
Dos bebês avaliados, apenas 12% dos menores de seis meses e 6% dos maiores recebiam as fórmulas infantis à base de leite apropriadas para a faixa de idade.
Ainda assim, poucas mulheres sabem prepará-las: apenas 23% das mães fazem a diluição correta. Quando a proporção não está na medida certa, há risco de diarreia, desidratação e de falta de nutrientes.
"JUNK FOOD"
A pesquisa também revelou que as crianças recebem muito cedo alimentos inadequados, como doces industrializados, biscoitos recheados e até refrigerantes.
Esses alimentos têm alto teor de gorduras e açúcares, o que predispõe à obesidade. Em contrapartida, recebem pouca quantidade de frutas, verduras e legumes.
"Há um descontrole nas famílias, são pais e mães que descuidam da própria alimentação", analisa a pediatra e nutróloga Roseli Sarni, uma das autoras. "Há muita desinformação."
"É um problema grave e a realidade provavelmente é ainda pior", acredita Ary Lopes Cardoso, chefe da unidade de nutrologia do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Para elaborar o cardápio dos filhos, a grande maioria das mães (67,7%) segue sua própria experiência ou de sua família. As orientações passadas pelo pediatra ficam em segundo plano.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

RECOMENDAÇÃO DE LEITURA

Para todas que seguem meu blog recomendo esse texto importantíssimo sobre alimentação de bebês : Il primo piato (no blog MAMÍFERAS) falando se os bebês sentem ou não vontade de comer o que comemos.

Ando lendo em muitos blogs de mães de primeira viagem que estão dando desde suco Kapo, pirulitos, danoninhos, até alimentos mais "elaborados" como bolos e pudins. Nossos bebês não devem experimentar coisas industrializadas contendo corantes e conservantes e nem açúcares diversos antes de 1 ano de idade no mínimo. Após os 6 meses de aleitamento materno eles devem comer papas de frutas, sopas de verduras e legumes (OMS e pediatras concordam nisso), sucos e o leite materno como complemento.
Não precisam de doces para sua nutrição.

Por nossos bebês saudáveis, leiam e divulguem!!!!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

para a semana mundial de amamentação...

a minha história de amamentação...

Sempre soube, desde que engravidei, que iria amamentar o Leo no peito. Não conseguia imaginar isso não acontecendo por saber da importância para o bebê, por saber de como faz bem para a mãe e porque eu realmente desejava isso.
Com 36 semanas e alguns dias (quase 37) o Leo resolveu que era hora de sair, entrei em trabalho de parto mas não quis o natural/"normal", também sempre soube que não tinha coragem suficiente para passar por isso e decidi que seria parto cesáreo.
Leo nasceu, como já contei aqui, e não tive leite no dia que ele nasceu, nem no seguinte, tive leite só no dia em que saímos do hospital. Leo mamou de verdade pela primeira vez na manhã do dia 01/01/2010. eu via a boquinha dele branquinha de leite e ficava faceira.
A gente se acertou de cara para ele mamar, não tive fissura no peito, não sofri, não chorei, foi perfeito (na verdade nunca imaginei que seria tão fácil esse primeiro momento).
Leo era bem dorminhoco no começo, só acordava pra mamar a cada 4h mamava e até cair no sono de novo...
Tudo seguiu bem até um certo dia em que senti meu peito murcho, vazio, e Leo sugava, sugava e chorava ... nada de leite. Esse foi o dia em que sofri e chorei. Chorei muito porque achei que meu leite tinha secado, o Leo estava perto de completar dois meses e eu não ia poder amamentar mais?? Como assim?? Que tipo de mãe eu era que não conseguia nem produzir leite para o próprio filho??? Sim eu chorava e falava isso... e deixava ele ficar sugando e sugando e de vez em quando descia alguma coisinha e ele mamava. Comprei NAN, fiz mamadeira. Isso aconteceu novamente depois. E eu sofri de novo.
E por trás disso tudo eu tinha uma sogra que não ajudava em nada, falava pra todo mundo que eu tinha pouco leite e por isso o Leo era miudinho. E eu sofria em silêncio, e cada vez que ía à casa dela e tinha que amamentar travava tudo, e o leite não vinha e o Leo mamava pouco e eu chorava por dentro.

Resolvi que tinha que fazer algo por isso antes que meu leite secasse de vez, então pedi à minha GO que me prescrevesse algum medicamento que pudesse me ajudar.
Ela me passou o Equilid 50mg (que tomo até hoje), e além dele ainda comecei a pesquisar na internet todos os tipos de chá que eram estimulantes (e tomo até hoje) e mais tarde li sobre cápsulas de Levedura de Cerveja e também mandei manipular (e tomo até hoje).
 Tudo isso que comecei a tomar me fez engordar novamente metade de tudo que tinha perdido um mês e meio após o Leo nascer (eu já estava no meu peso pré-gravidez). Engordei, não fiquei me sentindo a mais linda das criaturas, mas esse sacrifício estético foi compensado por ver meu filho mamando em mim.

Confesso que sinto inveja daquelas mulheres de seios fartos e cheios, que além de amamentar ainda se ordenham e doam leite. Queria muito ser assim.

Hoje ainda, se fico muito cansada ou muito estressada meu leite mingua, meus peitos ficam moles, por sorte o Leo já come frutas e papa salgada, toma suco, o que faz do leite um complemento e não a refeição principal.

Mesmo assim não disisti. Sinto orgulho de dizer que ainda amamento no peito (mesmo que apenas 4 vezes ao dia porcausa do trabalho) e continuarei amamentando enquanto tiver leite, enquanto o Leo quiser, enquanto for possível e sou feliz por isso.

E você??? Qual sua história de amamentação???

sexta-feira, 30 de julho de 2010

pelo Theo

Hoje cheguei aqui no escritório ávida por notícias do Theo, fui ao blog da Aline e me deparei com este post. Meu coração quebrou em mil pedacinhos e se espalhou pelo chão, senti uma dor tão grande, como se estivesse ali com eles, fazendo parte disso tudo. De certa forma eu, assim como todas as mães/amigas do twitter, somos parte da história dele pois acompanhamos sua vida ainda desde a barriga.
Peço a todos que me visitam que separem um momento no dia de hoje e orem à Deus pelo Theo, pela Aline, pelo Leonardo. Só Deus pra dar forças a eles, só Deus pra restabelecer a saúde do pequenino...
Se vocês puderem, também, vão até o blog da Aline deixem um comentário de força, de esperança, de alento para eles. Nessa hora, amigos e palavras amigas são grande parte do necessário para continuar.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

expressando o que ainda sinto ...

... pelas palavras de outra pessoa

"Meu bebê é como um vício
Por que o feminismo não admite o prazer de ser mãe?


Nas seis semanas que se seguiram ao nascimento do meu bebê, pareço ter perdido todas as ambições mundanas. Só com pavor consigo pensar no retorno ao trabalho. Tenho uma aula para dar. Tenho de voltar a escrever. Mas a ideia de falar de ideias diante de alunos ou de digitar uma frase coerente (ou seja, minha vida normal) mostra-se implausível. Parte do meu medo de voltar ao trabalho reflete algumas das minhas incapacidades. Outro dia, ficou claro que eu careço das faculdades intelectuais para arrumar uma mesa: era desafiador demais manter na cabeça, no caminho da cozinha para o terraço, o número de pessoas no jantar. Uma das causas disso pode ser atribuída aos meus hormônios; outra, certamente, é a falta de sono, por culpa das noites de vigília.
Quando o bebê tinha quatro semanas, tive de fazer uma leitura na (livraria) Barnes & Noble junto com Gay Talese, já que eu havia escrito a introdução do seu A Mulher do Próximo. Naquela noite, deixei o bebê com alguém em quem tenho completa e absoluta confiança. Consegui pôr um vestido e ficar parecida com a "pessoa que faz leituras" que eu costumava ser. Mas, quando saí à rua, senti como se estivesse me faltando um membro. Embora Talese, sob qualquer parâmetro objetivo, fosse absorvente, minha concentração claudicou. Enquanto as pessoas faziam perguntas, eu calculava quanto tempo o táxi levaria para me deixar em casa.
Durante o percurso de volta ao lar, chorei. Só quando o bebê estava novamente nos meus braços eu me senti bem outra vez. Lembro-me de ter visitado uma das minhas melhores amigas durante a sua licença-maternidade. Ela é escritora, e conversamos sobre como as autoras que mais admiramos não tiveram filhos, ou no máximo tiveram só um, mas nunca dois. (Edith Wharton, Virginia Woolf e Jane Austen não tiveram filhos; Mary McCarthy, Rebecca West, Joan Didion e Janet Malcolm tiveram um.) Minha amiga olhou para a sua recém-nascida e para seus diminutos cílios. Ela poderia manter a conversa de forma acadêmica, mas ao ajustar o chapéu da menina eu pude ver como ela estava alheia a qualquer outra coisa que pudesse interessá-la.
As pessoas costumam comparar o fato de ter um bebê aos primeiros dias de um namoro, o que faz sentido até certo ponto. Mas a fixação física e o anseio pelo bebê são muito mais intensos. Com que frequência num namoro você se vê literalmente às lágrimas porque ficou longe de um homem durante três horas? Imagino que uma metáfora melhor seria a dependência química.
Uma das desonestidades menores do movimento feminista tem sido subestimar a paixão dessa fase da vida, para em vez disso tentar uma avaliação racional e politicamente vantajosa. Historicamente, as feministas enfatizam as dificuldades e o peso de se tornar mãe. Elas tentaram traçar uma analogia entre a puericultura e o trabalho masculino; então, por muito tempo as mulheres chamaram a maternidade de "vocação". A tarefa de cuidar de um bebê é árdua e exigente, é claro, mas é mais bárbara e narcótica do que qualquer tipo de trabalho que eu já tenha feito.
Imagino que pessoas normalmente inteligentes e descomplicadas achem esse tipo de conversa sobre bebês muito chato. Noto que, quando tento me forçar a conversar sobre outra coisa que não o meu filhote, tenho de pensar: "Agora é hora de conversar sobre outra coisa que não o bebê". Admito vagamente que isso é que é maçante nos pais, e certamente na nossa atual cultura da paternidade/maternidade: esse fluxo subterrâneo de autocongratulação.
Parte da atração da licença-maternidade é precisamente esta: você abre mão de tudo. Os livros na estante não são os seus livros; as roupas penduradas no armário não são as suas roupas. Você é o animal vago, lento e exausto, tomando conta dos seus filhotes. Qualquer coisa graciosa, original, aguda ou inteligente que você tivesse sumiu, é a negação total do mundo exterior – mas eis o apelo desse período.
Sei que em algum lugar por aí há um grande mundo, onde as pessoas conversam, pensam e escrevem, mas ainda não estou interessada em ir para lá."

Katie Roiphe é escritora e jornalista especializada em temas femininos
http://veja.abril.com.br/especiais/mulher/meu-bebe-como-vicio-p-032.html